terça-feira, 16 de novembro de 2010


ATIVIDADE FÍSICA ESPORTIVA ADAPTADA



Alexsandro Damas Francisco - FEF/UNIPAC, Uberlândia, MG, Brasil. adafx1@yahoo.com.br



 
Considerando a atividade físico-motora esportiva uma forma de condicionamento que permite a melhoria das valências físicas provocando um aumento no gasto energético alterando o sistema cardiorrespiratório melhorando a absorção, transporte, entrega e utilização de oxigênio pelo músculo.

Podemos perceber, no entanto que os passos na formação até o rendimento no paradesporto se dá por um longo e difícil processo ensino-aprendizagem-treinamento considerando tipo de deficiência, grau de dificuldade, tipo de atividade física entre outros os quais envolvem diferentes formas e técnicas de movimentos.

Porém desde a iniciação/recreação ate o alto rendimento o sistema de formação deve respeitar e desenvolver no atleta ou educando a individualidade e promover a auto-independência. O que pode ser comprovado mediante analise acerca dos primeiros anos de vida (0 a 6-7anos) o que vem a ser crucial para o desenvolvimento do individuo enquanto atleta, e principalmente na sua qualidade de vida, onde nesta fase o sistema de aprendizagem esta em formação e com o retardo motor há um déficit na motricidade que advém de um processo continuo e progressivo baseado na maturação do sistema nervoso.

Com o atraso do aprendizado motor há uma dificuldade de construção do movimento e coordenação, processo este apresentado por atletas com paralisia cerebral, e em alguns casos em atletas com paraplegia e poliomielite onde a partir da prática regular esportiva pode-se possibilitar uma maturação do sistema nervoso o que torna possível um sensível aprimoramento nas habilidades de concentração, deambulação e equilíbrio destes, principalmente aqueles com paralisia cerebral.

Tal observação advém da experiência com a organização e planejamento de treinamento do Tênis de Mesa Adaptado, para pessoas com deficiência motora a qual envolveu atletas acometidos por enfermidades como: paraplegia e poliomielite.

Com uma intervenção por meio desta modalidade esportiva é possível de se estabelecer diretrizes de ação visando uma contribuição direta e efetiva na qualidade de vida destes mesatenistas. Ações com alta intensidade de desafios que envolvem movimentos rústicos(simples) ate os mais complexos(combinados) de certa forma exigem uma maior destreza, habilidade motora e cognitiva envolvendo força, equilíbrio, agilidade, coordenação, flexibilidade, velocidade, concentração e resistência, o que propicia um refinamento técnico, físico, emocional e psicológico influenciando diretamente na pratica não só da modalidade Tênis de Mesa.

No caso desta modalidade esportiva tal planejamento pode possibilitar aos mesatenistas obterem um ganho no seu condicionamento físico, psicológico e emocional o que vem a permitir aos mesmos condições não só de participarem de competições e conquistarem campeonatos regionais e nacionais, mas ainda influenciar diretamente na qualidade de vida da pessoa.

Contudo o Tênis de Mesa é uma modalidade paraolímpica praticada por homens e mulheres divididos em cadeirantes de 1 a 5(C1 a C5) e andantes de 6 a 11(A6 a A11). As competições se realizam em ambientes fechados ou que não permitam interferências climáticas e se regem pelas regras da Iternational Tênis the Table Federation(ITTF).