sexta-feira, 3 de agosto de 2012


Fatores que Afetam o Desenvolvimento Motor


Alguns fatores que afetam o desenvolvimento podem desencadear um processo de mudanças que o ser humano venha a apresentar ao longo de sua existência de forma organizada, progressiva, interligada e dependente. Inúmeros fatores pré-natais que podem, ou poderiam, ser controlados afetam o desenvolvimento motor na primeira infância.  Entre as contribuições mais positivas da tecnologia clinica, ou médica, estão os avanços relacionados para a redução da mortalidade infantil.

 Vale ressaltar que há duas décadas, ou duas gerações atrás, doenças pré-natais e neonatais e casos de morte eram comuns na América do Norte. As causas principais das deficiências graves congênitas, entre os ricos e pobres, deriva de fatores pré-natais. Essas deficiências englobam anormalidades cardíacas, deformidades do esqueleto e desequilíbrios químicos que estão presentes no nascimento.
Neste contexto os fatores nutricionais e químicos podem influenciar o desenvolvimento motor . Pois qualquer coisa que a mãe grávida venha a ingerir poderá afetar de alguma maneira a criança em seu ventre. A "má nutrição pré-natal" pode resultar de alguns fatores como: (1) Fatores Placentários, (2) Fatores Fetais e (3) Fatores Maternais.

A má nutrição (placentária, fetal ou maternal) influencia negativamente o desenvolvimento humano em todo o mundo. A "má nutrição", ao contrário da "subnutrição", e motivo de preocupação para nutricionistas e especialistas em desenvolvimento infantil no Ocidente, onde a maioria das pessoas desfruta de abundância de comida. As razões para a má nutrição maternal variam de hábitos alimentares deficientes até chegar á pobreza, á baixa classe socioeconômica, á ansiedade, ao estresse e a traumas. O contraste mais agudo entre a má nutrição maternal e as nutrições normais são observadas entre mães pobres e as que não são pobres. A má nutrição maternal pode ser responsável pelo fato de que famílias de classe baixa tenham um percentual maior de crianças com acometimentos, ou má formação, congênitos do que famílias de classe socioeconômica superior cuja nutrição é mais adequada.

A quantidade de peso acumulado pela mãe grávida, na ausência de outras complicações, pode servir como um indicador geral do estado nutricional do bebê não-nascido. O ganho de peso maternal de 20 libras a 28 libras é geralmente recomendado. Fatores como as Drogas maternais podem afetar a parede da placenta a qual é porosa e as substâncias químicas podem penetrá-la com resultado trágico para a criança não - nascida. Cada droga tem seus efeitos colaterais. Os seguintes fatores precisam ser considerados sempre que se avaliar a influência de uma droga sobre o feto.

As drogas em medicamentos maternais freqüentemente afetam o feto e o desenvolvimento motor posterior. Uma droga pode afetar o feto de várias maneiras. As drogas podem interferir no crescimento dos órgãos ou na diferenciação celular e resultar em desvios do desenvolvimento normal. As Drogas maternais "necessárias" na gravidez devem estar sob cuidado e responsabilidade de um médico por causa de alguma enfermidade. O cuidado clinico é um importante fator para o feto, o qual em seu desenvolvimento também pode apresentar um quadro de déficit ou necessidade especial.

Um dos teratógenos mais bem conhecidos é a droga Talidomida.  A mesma já foi comprovada e pode vir a provocar graves deformações dos membros. Muitos medicamentos vendidos com ou sem prescrição médica têm potencial para prejudicar o desenvolvimento fetal e assim afetar a sua formação bem como seu desenvolvimento e maturação. Alguns casos são como o bebê de uma possível diabética é particularmente vulnerável. Se a mãe for dependente de insulina, poderá ter possíveis problemas, caso não tenha acompanhamento. Historicamente antes do desenvolvimento da insulina, as diabéticas simplesmente não tinham filhos.

Atualmente as Drogas de rua mediante seu alto índice de consumo de opiatos, cocaína, anfetaminas, LSD e de maconha, é de grande preocupação para os interessados no bem-estar de crianças que estão para nascerem. As restrições legais, morais e éticas tornam impossível conduzir experiências controladas dos efeitos dessas drogas (que alteram a mente) ao desenvolvimento fetal.  O uso de drogas de rua pela mãe grávida pode causar danos devastadores ao cérebro bem como afetar o sistema nervoso ou qualquer outro parte do organismo do seu bebê, e isto pode dificultar em muito o aprendizado e maturação motora.

O Álcool e o Tabaco, embora muitos considerem estes como drogas que causam alterações na mente e/ou no estado de ânimo, são tratados separadamente em função da freqüência de seu consumo e para amplificar seus danos potenciais. Mas os perigos do álcool para o feto já foram reconhecidos desde a civilização grega, em que os recém-casados eram proibidos de consumir álcool a fim de evitar a concepção enquanto estivessem intoxicados. Embora possa ser totalmente evitado, o uso (ou abuso) do álcool é a causa principal dos defeitos congênitos nos EUA, e podemos dizer também no Brasil. O álcool no sangue materno passa, por meio da placenta, diretamente ao feto. Este não possui ainda nenhuma habilidade, ou resistência, quanto ao etanol-oxididante ou á hidrogenázica alcoólica e, assim, o álcool entra diretamente em seu sistema.

Neste contexto também o ato de fumar da mulher grávida tem efeitos negativos no desenvolvimento fetal. O fumo tem sido apontado em numerosos estudos como causa do baixo peso dos bebês ao nascer. O fumo maternal também é associado á síndrome da morte súbita infantil. Pois o fumo maternal acelera o ritmo cardíaco fetal e tem efeito negativo na integração do sistema nervoso central do recém-nascido.
  

por: Alexsandro Damas